A ritualidade não exige uma eficácia, nem uma moral, nem um sentido: vive no dom, como a dança, a poesia, o pensamento. Realidades a que não só a sociedade neoliberal procura esquecer, como a própria comunidade cristã nem sempre está atenta.
Um verbo que sempre se fez presente na tradição da Igreja e, nas últimas décadas, também na investigação científica e nas revistas da moda. E, ao mesmo tempo, um verbo que nos parece distante, reservado a uns poucos.
«E agora surge forçosamente a palavra que eu mais amo – Deus – a palavra que agora represento por um vazio. Onde pôr-lhe a mão?» (Llansol). Breves apontamentos, ao ritmo dos dias.
Gostamos de verbos. O verbo é ação, um movimento, um atravessar de estádios, sejam eles quais forem. Ao longo deste ano de 2020, no Mensageiro de Santo António, propomos percorrer cinco verbos.
Recensões, sugestões de leitura e apresentações de obras publicadas recentemente em Portugal (em colaboração com o Mensageiro de Santo António e o 7Margens).
«não procures a palavra: há muito o escrivão / a destruiu com o aço do aparo e a aguada / tinta dos ofícios; há muito o rigor burocrático / afastou dela um rosto, e o som que te dizia / é agora um ruído no papel, o metal de uma frase / interrompido» (Rui Nunes)
Um diário pretende, simplesmente, ser um espaço de partilha, de citações, descobertas, poemas, breves excertos, livros à espera de serem lidos… Para ler, como um blog.
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