Autor: Vários | Edição: Paulinas | Páginas: 148
O tema da ordenação diaconal de mulheres na Igreja Católica foi, recentemente, retomado por Papa Francisco ao nomear uma comissão teológica encarregue de estudar essa possibilidade. É no âmbito deste debate que surge agora a tradução para português da obra Mulheres Diáconos. Passado, presente, futuro, da autoria de uma teóloga e dois teólogos norte-americanos.
O livro, escrito numa linguagem acessível e rigoroso na exposição argumentativa, estuda a ordenação de mulheres no ministério do diaconado, sem implicar um passo para o presbiterado. O diaconado é aqui visto como um ministério eclesial próprio, com o seu carisma e a sua espiritualidade. As fontes históricas, analisadas na obra, comprovam que, no primeiro milénio da história da Igreja (sobretudo no oriente), o ministério diaconal era exercido também por mulheres, a quem competia o acompanhamento de mulheres que seriam batizadas, a catequese familiar, a caridade ou a unção de mulheres enfermas.
A perda desta tradição acompanhou a própria história do diaconado, cujo grau permanente seria apenas restaurado pelo concílio Vaticano II. Desde Paulo VI que todos os Papas abriram a questão da ordenação diaconal de mulheres, distinta do sacerdócio hierárquico, mas o tema permanece em suspenso.
De olhos postos no futuro, os autores apresentam os motivos pelos quais a abertura do ministério do diaconado às mulheres representaria um canal privilegiado para o suscitar dos carismas pelo Espírito de Deus. A consagração ou reconhecimento de um serviço pastoral que já é, de maneira informal, exercida por uma multidão de homens e mulheres em toda a Igreja constituiria uma resposta às necessidades urgentes de evangelização sentidas por todos os cristãos.
Mensageiro de Santo António, julho de 2019
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