Fundamentos

Ainda S. Agostinho

10390507_581112502005048_7263089653530028136_n

“Não devemos desejar que haja pessoas na miséria para podermos exercer as obras de misericórdia. Dás pão ao faminto, mas melhor seria se não houvesse famintos e se não tivesses de dar pão a ninguém. Vestes o nu, mas oxalá que todo o mundo estivesse vestido e não tivesse esta necessidade! Enterras o morto, mas esperemos que chegue em breve uma vida na qual a morte não reine sobre ninguém! Fazes a paz entre os que litigam; oxalá chegue o dia em que reine a paz da Jerusalém eterna onde ninguém estará em desacordo!
Porque todos estes serviços respondem a determinadas necessidades. Que desapareça a miséria e desaparecerão também as obras de misericórdia. Desaparecerão as obras de misericórdia, mas extinguir-se-á também o ardor da caridade?
Quando amas a alguém que é feliz e que não necessita dos teus dons, o teu amor é mais autêntico, mais puro e muito mais sincero. Mas quando prestas algum serviço a alguém infeliz, pode acontecer que o motivo da tua boa obra seja quereres elevar-te sobre ele e que ele se sinta em dívida para contigo. Ele tinha necessidades e tu deste-lhe parte dos teus bens. E, ao dar-lhe, sentes-te superior a ele pelo simples facto de lhe teres dado algo.
Anseia que ele seja igual a ti para que ambos estejam sob Aquele a quem nada se pode dar.” (VII, 7)

Deixe um comentário

@wpshower

Feeds

Susbscribe to our awesome Blog Feed or Comments Feed