Fundamentos

As Casas de Maria

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Depois de «Maria, uma Mulher Judia» de Fréderic Manns, para esta semana temos como sugestão «As Casas de Maria: Polifonia da existência e dos afectos» de Ermes Ronchi (em colaboração com o IMissio.net) Italiano, Ronchi é um conhecido autor de obras de espiritualidade, centradas numa leitura atenta das Escrituras (entre nós, ficou conhecido pelo livro «Os Beijos não Dados. Tu és a Beleza»). Em «As Casas de Maria», Ermes Ronchi faz um percurso pelas passagens bíblicas mais significativas da história e do mistério de Maria, segundo a linguagem da Casa que, na Bíblia, exprime o contexto pessoal e familiar mais íntimo, «onde acontecem os eventos decisivos da vida, do edifício à interioridade de quem o habita». Aqui fica um breve excerto e índice, de mais uma obra que nos pode acompanhar durante este mês tradicionalmente dedicado à Mãe de Jesus.

A Casa do Louvor (Lc 1,39-56, o encontro com Isabel)

«A primeira palavra que Maria pronuncia na casa sobre o monte é de louvor. Modelo para os crentes: para Deus, o primado do louvor; para os irmãos, o primado da bênção. Todas as primeiras orações cristãs nascem à volta de Maria: o Magnificat, a primeira parte da Ave-Maria, o Benedictus, o Glória dos anjos em Belém e o Cântico de Simeão. Maria faz brotar orações. Então, o verdadeiro devoto de Maria aprende com ela a louvar e a bendizer, a libertar o coração diante de Deus, a fazer entrar a vida na oração, os pobres e os famintos, a fazer da oração a casa habitada pela história dos homens. A verdadeira devoção é esta: aprende a orar como ela. Ainda mais do que orar-lhe, orar como ela.

De onde nasce a oração de Maria, este canto exultante? Maria compreendeu Deus, viu que Deus é um Deus apaixonado e realiza maravilhas. Por dez vezes repete: «Foi Ele quem olhou, foi Ele quem fez, é Ele quem liberta, é Ele quem derruba, é Ele quem eleva, é Ele quem despede de mãos vazias, é Ele quem cumula, é Ele…». Por dez vezes. A fé de Maria, a fé grande, a maior fé, é a que põe no centro não aquilo que eu faço por Deus, mas o que Deus faz por mim. No coração do Cristianismo não estão as minhas acções boas ou más, mas a acção de Deus. A salvação não acontece porque eu amo a Deus, mas porque Ele me ama.

Por isso, no centro do Cristianismo está como que um novo decálogo, que já não se refere ao agir do homem, mas que enumera as dez acções de um Deus apaixonado, daquele que mais não faz do que eternamente considerar cada homem muito mais importante que Ele próprio. Daqui deriva também uma nova ética, porque todos os substantivos com que, na Bíblia, Deus é descrito ganham valor de imperativo para o homem.»

Índice

No limiar | 2. A casa dos inícios (Lc 1,26-28) | 3. Uma casa de profetas (Lc 1,39-56) | 4. A casa das dúvidas e dos sonhos (Mt 1,18-25) | 5. A casa do pão (Mt 2,9-11) | 6. A casa dos trinta anos (Lc 2,39-52) | 7. A casa do vinho (Jo 2,1-11) | 8. A casa do eclipse do Sol (Jo 19,25-27) | 9. A casa cheia de vento (Act 1,12-14; 2,1-4). | Conclusão

 

Ermes Ronchi, «As Casas de Maria: Polifonia da existência e dos afectos». Ed. Paulinas, Lisboa 2009, 155 págs.

 

 (imagem: www.tbcparoquia.blogs.sapo.pt)

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