Fundamentos

Do Corpo Mortal ao Corpo de Luz

Já conhecia o livro de Michel Hubaut,presente na Fundamentos.Mas chamou-me a atenção o ter sido recomendado pelo pe.Vasco Pinto Magalhães sj,no recente encontro organizado pelo Arciprestado de Braga sobre a Esperança Cristã.

«Do Corpo Mortal ao Corpo de Luz»

Fundamentos e Significado da Ressurreição

Michel Hubaut

ed. Gráfica de Coimbra | Coimbra 2011 | 238 págs.

PVP: 19,00 euros

«Porque será tão pouco atraente a Esperança Cristã? Entre as diferentes crenças no além, o cristianismo fez prevalecer no Ocidente, durante muito tempo, a noção de Ressurreição. Todavia, temos de nos render à evidência de que a «Ressurreição» é hoje, para uma grande parte dos nossos contemporâneos, um conceito vazio. Segundo uma sondagem CSA-O mundo das religiões, 58% daqueles que se dizem católicos, acreditam na Ressurreição de Cristo e apenas 10% afirmam acreditar na ressurreição dos mortos; 8% acreditam na reincarnação e 53% respondem ‘que há qualquer coisa, mas não sei o quê’. 26% destes católicos afirmam até que ‘não há nada’. Esta perda de crédito será devida a uma inadequação cultural ou a uma rejeição mais profunda?»

Índice

1. O Além regressa em força | 2. Da morte implacável à aurora de uma eventual ressurreição | 3. As estranhas afirmações de um certo Jesus de Nazaré | 4. «Deus ressuscitou-o, disso nós somos testemunhas» | 5. A ressurreição: uma invenção tardia dos discipulos decepcionados | 6. Na estrada de Damasco | 7. Da proclamação à escrita | 8. Jo 20,19-29 | 9. Mt 28,16-20 | 10. Lc 24, 36-48 | 11. Jo 20,1-18 | 12. Lc 24,13-35 | 13. Jo 21,1-19 | 14. «Ninguém pode dizer ‘Jesus é Senhor’ senão pelo Espírito Santo | 15. Chamados a ser transfigurados | 16. O amor não conhece fronteiras | 17. Ressurreição ou reincarnação?

Veja também:

Obras de Michel Hubaut | Teologia | edições Gráfica de Coimbra

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Um Imenso Corpo Vivo…

«Sabemos, por experiência, como somos solidários uns com os outros, tanto no bem como no mal. Hoje em dia, com os progressos da tecnologia, o planeta terra tornou-se uma grande aldeia onde tomamos ainda mais consciência de até que ponto os homens fazem ‘corpo’!

O próprio Cristo proporcionou-nos luzes essenciais no que respeita às relações entre o mundo visível e o invisível. A sua alegoria  da Vinha, por exemplo, revela-nos que a humanidade não é uma justaposição de indivíduos isolados, mas um imenso Corpo vivo do qual é a Cabeça. E este grande Corpo espiritual é animado pela energia criadora do Espírito Santo como a seiva irriga toda a árvore. É o Espírito Santo que nos põe em comunicação com Deus e com todos os homens. ‘Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto… Assim como o Pai me tem amor, assim eu vos amo a vós. Permanecei no meu amor’ (Jo 15,5.9).

A nossa participação na vida do Espírito Santo vai além da simples solidariedade. Trata-se de uma comunhão, ao nível do nosso ser profundo, que transcende a distância aparente entre os vivos daqui e os vivos do além. Deste modo, a nossa oração e os nossos actos quotidianos, se forem animados pelo Espírito de Cristo, fazem-nos viver no interior do grande movimento do Amor criador que actua no coração de todos os homens. Os nossos actos de amor proporcionam um acréscimo de vida que regenera, alimenta, enriquece todo o Corpo da Humanidade. Quando um alvéolo do pulmão respira bem, é todo o pulmão que respira melhor.

Quem ama participa na energia criadora que regenera o Corpo da Humanidade. Não nos e interdito falar aos nossos contemporâneos das ‘ondas de amor’ que percorrem o Corpo inteiro do universo. Não se trata apenas de comungar numa espécie de ‘vibração cósmica’ como dizem os adeptos da new age. Nós acreditamos, segundo a revelação do próprio Cristo, em que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o impulso de amor que une o Pai e o Filho, a energia criadora do Amor divino que anima toda a criação e murmura no coração do homem, que transcende as fronteiras do espaço e do tempo, do visível e do invisível.

Acreditamos que a oração cristã não é um meio técnico de receber vibrações, mas uma maneira de entrar em comunhão com um Deus pessoal. Na alegoria da Vinha, Jesus diz ainda: ‘Sem mim nada podeis fazer’. O que significa que a eficácia da nossa oração e dos nossos actos humanos terá a medida do nosso acolhimento do seu Espírito de amor que fecunda o nosso coração e transforma o mundo. É à luz desta revelação que podemos dizer que as nossas orações pelos vivos da terra ou do além não são nenhuma pressão exercida sobre Deus ou sobre os outros, mas um acto de colaboração e de comunhão. É esse o segredo da fecundidade da vida e da oração dos santos.»

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@wpshower

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