Fundamentos

Introdução ao Cristianismo

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«Introdução ao Cristianismo»

Joseph Ratzinger – Bento XVI |

Ed. Principia | Lisboa 2006 | 271 págs. | PVP: 15,00 euros

«Se hoje tivesse que escrever novamente a Introdução ao Cristianismo (surgida em 1968), precisaria de integrar no texto todas as experiências dos últimos trinta anos, bem como, com muito mais ênfase do que parecia indicado naquela época, o contexto das questões inter-religiosas. Penso, no entanto, não ter errado a orientação básica, uma vez que coloquei no centro do trabalho a questão de Deus e a questão de Cristo, que acaba por desembocar numa cristologia narrativa e mostrar que o lugar da fé é dentro da Igreja. Penso que essa orientação fundamental estava correcta. Por isso ouso, ainda hoje, colocar o livro, mais uma vez, nas mãos do leitor.»

«Em tudo o que dissemos até agora não abordámos ainda a qualidade mais profunda da fé cristã, ou seja, o seu carácter pessoal. A fé cristã é mais do que uma opção por um fundamento espiritual do mundo, e é por isso que a sua fórmula central não diz «creio em algo», e sim «creio em Ti». Ela é o encontro com o homem Jesus, e é nesse encontro que ela experimenta o sentido do mundo do ponto de vista da pessoa. Na vida de Jesus a partir do Pai, na imediação e na densidade do seu relacionamento com Ele na oração e até na visão, é Jesus a testemunha de Deus; por intermédio d’Ele, o intocável tornou-se tocável e o distante tornou-se próximo.

Mais: Ele não é apenas a testemunha em que acreditamos quando nos diz o que viu durante a sua existência, durante a qual realizou de facto a reviravolta que trocou a falsa satisfação com o superficial pela profundidade da verdade total. É mais: é a presença do próprio eterno neste mundo. Na sua vida, na entrega incondicional da sua vida aos homens, o sentido do mundo torna-se presente, entrega-se-nos como amor que ama cada qual e que, com essa dádiva inconcebível de um amor que não é ameaçado por nenhuma transitoriedade ou turvação, torna a vida digna de ser vivida.

O sentido do mundo é o tu, mas apenas aquele tu que não é em si mesmo uma pergunta em aberto e sim o fundamento de tudo aquilo que não carece de outro fundamento. Assim, a fé torna-se o encontro do tu que me sustena e me dá a promessa de um amor indestrutível, apesar de toda a insatisfação e da incapacidade última para satisfazer do encontro humano; na fé não nos limitamos a aspirar à eternidade – ela é-nos realmente concedida.

A fé cristã vive não só do facto de haver um sentido objectivo, mas também de esse sentido me conhecer e amar, de eu me poder confiar a ele com a atitude de uma criança que se sabe acolhida, juntamente com todas as suas perguntas, no tu da mãe. Desta maneira, a fé, a confiança e o amor são, em última análise, uma só coisa, e todos os conteúdos que a fé envolve são nada mais, nada menos do que concretizações daquela reviravolta que constitui a base de tudo, ou seja, do «creio em Ti», da descoberta de Deus na face do homem que é Jesus de Nazaré.» (pág. 56)

Índice

1. Crer no Mundo de Hoje | 2. A forma eclesial da fé | 3. Questões preliminares sobre o tema Deus | 4. A fé em Deus na Bíblia | 5. O Deus da Fé e o Deus dos Filósofos | 6. A profissão de fé em Deus hoje | 7. A Fé no Deus uno e trino | 8. «Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor» | 9. Os desdobramentos da profissão de fé em Jesus Cristo nos artigos cristológicos | 10. A unidade interna dos últimos enunciados do «símbolo» | 11. As duas questões principais do artigo da Fé sobre o Espírito Santo e a Igreja

Veja também:

Obras de Bento XVI | Teologia | Edições Principia

«Introdução ao Cristianismo», apresentação por Manuel Gonçalves

 

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