Fundamentos

Não se vê muito disto por aí

(se clicar na imagem poderá até conseguir dizer o nome Schillebeeckx no original holandês)

As conferências do colóquio organizado pela Sociedade da Boa-Nova entre os dias 8 e 11 de Setembro de 2005, por comemoração dos 75 anos do Instituto. Da introdução, por Anselmo Borges (entretanto, continuamos à espera das actas dos colóquios realizados em 2010 e 2011 Igreja em Diálogo, esperemos que para breve).

«Deus no século XXI e o futuro do cristianismo. Aí está um tema paradoxal. Não é Deus sempre o mesmo? Há um Deus próprio do século XXI? E será legítimo pôr em causa o futuro do cristianismo? Deus é sempre o mesmo, mas transformou-se e transforma-se no encontro com os homens e as mulheres, como estes e estas, no encontro com Deus, se transformaram e transformam. Há múltiplas figuras de Deus por causa da sua história com os homens e as mulheres, e a história dos homens e das mulheres e as suas figuras e autocompreensão também não seriam as mesmas sem a sua história com Deus.

Possivelmente, a revolução em curso neste início de século e milénio só tem comparação com as revoluções do neolítico e da modernidade, e tem múltiplos contornos e domínios (…) Qual é o lugar de Deus (qual Deus?) e do cristianismo (qual cristianismo?), neste início de um novo século e de um novo milénio, quando emerge uma nova sociedade-mundo da igualdade na diferença de povos e culturas e o futuro é: ou nos salvamos todos ou nos perdemos todos? A nível interno, o cristianismo, concretamente na sua expressão católica, tem pela frente alguns problemas maiores, nomeadamente, o respeito pelos direitos humanos no seu interior, o pluralismo nos diferentes domínios – teológico, litúrgico, jurídico-organizacional e até moral – o tratamento das mulheres em igualdade com os homens.

Qual é o lugar da religião e das religiões, neste novo mundo? Vão remeter-se para o espaço privado ou ainda têm e terão relevância pública no espaço público como dimensão constitutiva do Humanum? É missão das religiões salvaguardar e manter aberta a pergunta pela Transcendência enquanto fonte de dignidade e traduzir a sua paixão por Deus em compaixão pelo Homem que sofre. Porque a causa de Deus é o Homem vivo e íntegro.»

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@wpshower

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