Fundamentos

Teresa de Lisieux

Hoje, 1 de Outubro, celebramos a memória de Maria Francisca Teresa Martín, ou Teresa de Lisieux, (1873-1898). Aqui fica um excerto de poema da sua autoria, com o título «Jesus, meu bem-amado, lembra-te!». Boa semana!

«Lembra-Te que no dia em que nasceste | Deixando o Céu, os Anjos cantaram: | ‘Ao nosso Deus, glória, honra e poder | E paz aos corações de boa vontade.’ | Desde há dezanove séculos cumpres a tua promessa | Senhor, a paz é a riqueza dos teus filhos | Para saborear sempre | A tua inefável paz | Venho a Ti.

Venho a Ti, escondo-me nos teus paninhos | Quero ficar sempre no teu berço | Aí poderei cantando com os anjos | Recordar-te as festas dos primeiros dias | Ó Jesus! Lembra-te dos pastores e dos magos | Que te ofereceram alegres os corações e as homenagens | Do cortejo inocente | Que te deu o seu sangue | Lembra-te (…)

Lembra-te de que à beira da fonte | Um viajante cansado do caminho | Fez transbordar sobre a Samaritana | Os caudais de amor que encerrava o seu peito | Ah! conheço Aquele que pedia de beber | É o Dom de Deus, a fonte da glória, | É Ele, a Água que brota | É Ele que nos disse | ‘Vinde a Mim’ (…)

Lembra-te do festim grandioso | Que Tu deste ao filho arrependido | Lembra-Te de que à alma pura | Tu mesmo a alimentas a cada instante | Jesus com amor recebes o pródigo | Mas as torresntes do teu coração para mim não têm dique | Meu Bem-amado, meu Rei | os teus bens são os meus | Lembra-te.

Lembra-te de que desprezando a glória | Ao realizares os teus milagres divinos | Tu exclamavas: ‘Como podeis acreditar, | vós que procurais a estima dos homens?… | As obras que Eu faço parecem-vos maravilhosas… | Os meus amigos farão outras ainda maiores…’ | De que foste humilde e manso | Jesus, meu terno Esposo | Lembra-te (…)

Lembra-te de que saturado de sofrimento | Um condenado voltando-se para o Céu | exclamou: ‘Em breve, em todo o meu poder | ver-me-eis aparecer glorioso’. | Ningu´´em queria acreditar que Ele fosse o Filho de Deus | Pois a sua inefável glória estava escondida… | Ó Princípe da Paz | Eu reconheço-te | Creio em Ti! (…)

Lembra-te de que a tua vontade santa | É o meu repouso, a minha única ventura | Eu abandono-me e adormeço sem medo | entre os teus braços, meu divino Salvador | Se adormeceres também quando rugir a tempestade | quero ficar sempre numa paz profunda | Mas durante o teu sono | Jesus, para o despertar | prepara-me!»

in «Obras Completas», ed. Carmelo, Marco Canaveses 1996 |

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@wpshower

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