As últimas publicações que acabamos de receber da editora Trotta:
«Por isso parece-me que o tempo não é outra coisa senão uma expansão: mas do quê? Não sei, mas me espantaria que não fosse do próprio espírito. Suplico-te, Deus meu, o que meço quando digo de uma forma pouco precisa: ‘este tempo é maior do que aquele’; ou quando digo de modo preciso: ‘este é o dobro daquele’? Meço o tempo, eu sei. Mas não meço o futuro, porque ainda não existe, nem meço o presente, porque não compreende nenhum espaço temporal, tampouco não meço o passado, porque já não acontece…»
«O centro da espiritualidade cristã não está na renuncia a tudo o que é bom e aprecível do que Deus colocou no mundo, mas na própria vida, na plenitude da vida, na dignidade da vida e também no gozo e no desfrutar da vida. Em segundo lugar, a espiritualidade cristã possui umas exigências éticas que brotam da mensagem de Jesus sobre o Reino de Deus, o que não significa reduzir o cristianismo a um projecto ético, porque a ética de Cristo não se pode levar à prática se não se viver a partir de uma profunda experiência mística.»
«Não obstante a igualdade de direitos das mulheres ter alcançado um amplo reconhecimento na esfera civil, este continua a ser um tema de especial actualidade dentro do cristianismo. Através do recurso à “tradição”, a Igreja Católica continua a justificar que se perpetue a posição subordinada das mulheres na estrutura eclesial. Neste livro queremos estudar a história bi-milenária da mulher dentro do cristianismo, na medida em que o próprio espaço nos permita.»
«Entre 1933 e os últimos meses da sua vida, Simone Weil foi escrevendo em onde cadernos de tipo escolar e de dimensões parecidas tudo quanto ocupava a sua vida mental, fossem reflexões a pistas de leituras, citações, explanação de ideias, simples exercícios de traducção ou elaborados cálculos matemáticos, seja, por fim, meditações de carácter íntimo, a propósito do amor, da amizade e das suas experiências místicas, ou intuições de momento que se tornariam conceitos fecundos e originais».
«Acredita na vida depois da morte? Diante de uma pergunta tão directa até os próprios teólogos ficam perplexos. É, com efeito, uma pergunta que hoje parece estar fora de moda, por mais que desde os primórdios da humanidade, desde a idade da pedra esteja carregada de virulência. Uma vida eterna? O que pode isso significar diante desta vida que melhora continuamente, numa época de progresso, de crescimento incessante no nível e qualidade da vida?»
«Bem-aventurado o homem que não segue as indicações do Partido | nem assiste aos seus comícios | nem se senta à mesa com os gangsters | nem com os Generais no Conselho de Guerra | Bem-aventurado o homem que não espia ao seu irmão | nem denuncia ao seu companheiro de curso | Bem-aventurado o homem que não lê os anúncios comerciais | nem escuta as suas rádios | nem crê nos seus slogans | Será como árvore plantada junto à fonte» (Salmo 1)
«Quando um certo dia de primavera de 1943 a Gestapo detém o teólogo D. Bonhoeffer pelas suas actividades na resistência contra o regime nazi, ninguém, nel ele nem a sua jovem noiva de 19 anos, Maria von Wedemeyer, suspeitam que nunca mais se encontrarão em liberdade, nem antecipam o terrivel final do prisioneiro. Confiantes de que não existem provas suficientes contra ele, e que a guerra poria um fim ao sistema de terror, Dietrich e Maria vivem o seu noivado, que havia começado pouco antes, através desta correspondência».
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